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O Convertido – Gilbert Keith Chesterton

Depois do instante em que abaixei minha cabeça
e vi o mundo, perturbado, se aprumar,
eu me vi numa alva estrada. E dei de andar
nas vias, e escutei falar homens à beça,
bosques de línguas, como folhas presas nessa
hora do outono – estranhas, leves como o ar;
charadas velhas, credos novos, apesar
da suavidade de quem ri de quem falece.

Os sabichões desenham, pra quem não entende
a explicação, o cosmos como uma árvore;
peneiram a razão, e o ouro – isso é mais grave –
deixam passar, e a areia, sim, guardam e vendem:
E tudo isso importa nada no meu crivo,
porque meu nome é Lázaro, porque eu vivo.

(Tradução de Igor Barbosa, autor de Februarius)

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